segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Medina vence Slater por 3 décimos de diferença e conquista o WCT do Taiti


Agora só quero ir para casa comemorar. Acredito muito em Deus e na ajuda dele. Estou muito feliz e emocionado. Sei que o Kelly é uma lenda do surfe, e que eu não poderia cometer nenhum erro. As ondas estavam perfeitas e muito excitantes. Surfe é a minha vida, é o que eu gosto de fazer. Obrigado a todo mundo que me assistiu. É uma honra muito grande representar o Brasil - afirmou Medina, em entrevista ao site da ASP.
As duas primeiras boas ondas da grande final foram de Medina. Com um 7.90 e um 9.07, o brasileiro tomou a dianteira da bateria, enquanto Kelly Slater seguia sem reação. Confiante, o paulista pegou mais um ótimo tubo, garantindo um 9.43. Aplaudido pelo público presente em Teahupo, o brasileiro continuou dando seu show, obtendo mais um 8.57 e um 9.53. Atônito, Slater tentou reagir com 9.63, mostrando que ainda estava vivo.
A nota fez o hendecacampeão crescer na bateria. A menos de 10 minutos do fim, ele conseguiu um 8.97, ficando muito próximo da pontuação do brasileiro (18.96 de Medina, contra 18.60 de Slater). A dois minutos do fim, o americano tentou pegar um tubo, mas acabou caindo. Faltando poucos segundos para o término, Slater - que precisava de um 9.33 para empatar - entrou em outra onda e ficou aguardando pelo resultado. Após cerca de cinco minutos de análise e apreensão, os jurados deram 9.30, confirmando o título de Medina. Festa brasileira no Taiti.
Vitórias convincentes na reta final
Competindo na segunda bateria das quartas de final, Medina teve como adversário o americano Kolohe Andino, a quem já havia derrotado na quarta rodada. O início de bateria foi muito estudado, com os dois surfistas se arriscando pouco nas ondas. A primeira boa nota veio a 15 minutos do fim, quando Medina recebeu um 6.50. Empolgado, o brasileiro tratou de pegar um 6.90, antes de conseguir o 9.57 que o garantiu na semifinal. Andino ainda obteve um 8.77, mas já era tarde. A vaga ficou mesmo com Medina. 
Na semifinal, o rival foi o australiano Bede Durbidge, que havia conseguido um 10.00 nas quartas. Sem deixar se intimidar, Medina tratou de pegar um ótimo tubo no início da bateria, garantindo um 9.67. Com a dianteira do placar, ele obteve um 9.00 na sequência, sepultando as esperanças de Durbidge, que não passou de 4.17 em sua pontuação total (1.67 e 2.50 foram as suas duas melhores ondas).
Na outra semi, Kelly Slater e John John Florence protagonizaram duelo épico, com muitas notas altas. Slater conseguiu um 10.00 logo de cara, mas o havaiano não se intimidou, virando o placar com um 9.90 e um 9.10. O hendecacampeão respondeu com um  8.17 e um 9.77, que lhe devolveram a liderança da bateria. Precisando de uma “onda perfeita” para chegar à final, John John conseguiu um 9.87 empatando a bateria. Contudo, como teve a melhor nota (10.00), Slater ficou com a vaga na decisão.

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