segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SLATER É CAMPEÃO NA ETAPA DO TAHITI

Se a ideia era homenagear Andy Irons, o último campeão ali, Teahupoo reservou o que tinha de melhor. E se a taça teria de ir para alguém à altura do havaiano - morto no ano passado -, ela foi para as mãos certas. Kelly Slater, decacampeão mundial, chegou lá em sexto do ranking. As ondas e os corais pontiagudos foram derrubando os tops e empurrando-o até que ele chegasse à liderança. Bruce, irmão de Andy, deu a bênção. Na final, o maior surfista de todos os tempos derrotou o australiano Owen Wright - que fez, durante toda a semana, algumas das melhores performances do campeonato - e conquistou a segunda vitória na temporada, a quarta no Taiti.



Kelly Slater conquista o tetracampeonato da etapa do Taiti (Foto: Kirstin Scholtz / ASP)


Pouco antes da decisão, Bruce Irons teve meia hora para surfar, sozinho e com uma prancha do irmão, as ondas mais perigosas do mundo. Ficou lá, sem camisa e usando o boné da campanha "Andy Irons forever". Chamou alguns amigos mais chegados para acompanhá-lo.


- Bruce merece estar aqui, em qualquer oportunidade – dizia Slater.


A razão de eu ter vindo aqui é porque esse lugar significava muito para o meu irmão."


Bruce Irons


O caçula Irons entubou, voou e, depois, entregou o troféu "Andy Irons Forever Awards" ao surfista mais empenhado na competição: Jeremy Flores, dono de duas notas 10,00 em uma mesma bateria, na quinta fase. E dedicou o troféu aos surfistas que encararam Teahupoo de tow in, quando as ondas chegavam a 7m. Entre eles, Bruce (veja as fotos).


- A razão de eu ter vindo aqui é porque esse lugar significava muito para o meu irmão. As pessoas aqui tinham muito carinho por ele. É difícil falar – disse o havaiano.


No sábado, Bruce foi um dos protagonistas da inacreditável sessão de tow in. Perdeu até a bermuda. Maya Gabeira, Felipe Cesarano foram alguns dos que se arriscaram e saíram de lá machucados.


- Essa semana foi muito intensa. Vi aqui uma das maiores ondas da minha vida - disse Slater.

Raoni foi o melhor brasileiro no Taiti


No domingo, quando o campeonato voltou, apenas Raoni Monteiro sobreviveu entre os brasucas. O carioca, que até então tinha apenas alcançado as oitavas de final - no Rio de Janeiro -, deslizou nos tubos, desviou dos corais e só parou nas quartas, diante de Owen. Foi do brasileiro o primeiro dos seis tubos notas 10,00 no campeonato. Owen também teve um, na quarta fase.


Adriano de Souza, o Mineirinho, Alejo Muniz e Heitor Alves caíram na repescagem. Jadson André e Ricardinho dos Santos – que competiu como convidado – pararam na terceira fase. Mineirinho, que antes era o terceiro do ranking, continua sendo o melhor brasileiro.


A próximo desafio começa no domingo, em Long Island, em Nova York. É a primeira vez na história que o Circuito Mundial é disputado na costa leste americana. Depois da etapa, o grupo dos 32 surfistas da elite vai ser alterado pelos primeiros colocados no ranking unificado.


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